terça-feira, 7 de maio de 2013

Projeto - Basquete de Rua - Mais Educação


 

 
 BASQUETE DE RUA
 
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS/2010

JUSTIFICATIVA

 

            Todo esporte independente da modalidade, torna-se fundamental na formação do aluno que o pratica com prazer. Partindo desse pseudo-silogismo, podemos considerar promiscuo essa justificativa. Pois, mais importante do que justificar é apresentar um método de se fazer prazeroso o esporte.

            Justificativas têm muitas, métodos infalíveis para torná-lo prazeroso temos poucos (e eu sei muito bem disso). Sinceridades a parte, o Basquete de Rua é por si só um jogo no qual os jogadores se divertem ao jogar, não é necessariamente um jogo sério. Abrange muitas outras culturas que aparentemente englobam a realidade onde a prática é em demasia executada. Contudo, é auspicioso que o aluno se insira em sua realidade mesmo que aparentemente não proceda no cotidiano de cada aluno. Porém todo conhecimento é bem vindo mesmo que não praticado por todos, por conseqüência deve-se abranger um leque de opções para que esses alunos pratiquem todas as formas da cultura na qual se engloba o Basquete de Rua. 
 
OBJETIVO GERAL
 
            Inserir o aluno na cultura de rua, mostrando para ele que esta vertente da cultura é uma fuga da realidade popular não só brasileira, mas mundial e por esse motivo essa jamais deve ser considerada inútil ou depreciativa. Devemos respeitar toda cultura, independentemente do lugar ou aspecto. A cultura de rua não está ligada a poluição visual que vemos pichados nos muros, entretanto as mensagens que dizem algo para quem a lê é algo significativo e nos passa a revolta das classes sociais mais baixas (se é que podemos considerar isso algo útil). Assim como na música com letras do cotidiano da baixa classe e a dança, o hip-hop que tem  características únicas.

OBJETIVOS ESPECIFICOS

           Desenvolver nos alunos o respeito por todas as culturas diferentes do nosso cotidiano

           Proporcionar prazer (pois o prazer é mais importante) aos alunos ao praticar basquete e outras atividades referentes a essa cultura
            
              Buscar com os alunos novas atividades referentes à cultura de rua

            Oferecer a prática lúdica do basquete, dança, grafite e praticar em todas as aulas com os alunos

           Propiciar ao aluno para que este tenha a oportunidade de demonstrar seus conhecimentos e, portanto demonstrar e ensinar outros alunos

 METODOLOGIA

             Torna-se imprescindível ampliar de forma gradual as raízes da cultura de rua. E pensando deste modo nos vemos diante de um grande desafio. O desafio de como conseguir trazer para dentro da escola essa cultura. Não apenas com gírias ou gestos do cotidiano, mas em transportar a cultura para ser vista como algo que possa acrescentar a todos os envolvidos, direta e indiretamente, o conhecimento da rua. E que dessa maneira possamos olhar de forma diferente o que o entendimento popular e até mesmo a mídia querem nos oferecer.

            Deste modo, amplio o basquete para outras áreas desse campo e por conseqüência o aluno que não estiver no momento a fim de praticar basquete de rua este poderá escolher entre a dança e o grafite. De forma progressiva abranjo todo um leque para ser explorado. Portanto, vejo nessa seqüencia aluno transmitindo saber para outro aluno e todos preenchendo seu acervo cultural.

             Princípios – Trabalho – Conseqüências
       

            A metodologia terá sua base formada em alguns princípios (que em outras edições podem aumentar), os citarei.

1º - Todo aluno terá o direito (caso este queira) de transmitir seus conhecimentos e todos os outros prestarão atenção e conforme o possível e interesse dos alunos, estes poderão seguir o colega e fazer igual.

2º - Nenhum aluno será pressionado  a fazer o que não quer fazer, entretanto será convidado cordialmente a participar da atividade.

3º - Se possível, criaremos nossa própria cultura de rua, sem fugir do tradicional, entretanto criando uma forma nova de ver essa cultura e passar uma mensagem positiva para os envolvidos.

SOBRE O GRAFITE  – IDÉIAS

Podemos usufruir de datas, pensamentos, opiniões, e revolta (desde que este passe um sentido positivo) para grafitar. Instruir o aluno a refletir sobre seu cotidiano e antes de grafitar no concreto que este faça um esboço do que quer fazer para ser posteriormente aprovado pelos alunos e desta forma passar para o papel (neste caso papel bobina). O material usado será o mais simples possível como guache e giz o importante é produzir a consciência de que a criatividade e o fato de dizer algo é o que está contando para a sociedade.

O aluno envolvido nesta atividade possuirá o tempo necessário para realizar seu projeto. Quando pronto, seu projeto será exposto nos corredores da escola. O responsável pelo projeto poderá formar uma equipe para consolidar suas idéias e transferir para o papel que “imitará” os muros da rua. O educador responsável irá instruir os alunos conforme suas dúvidas. Os melhores alunos neste ramo serão convidados a serem tutores de outros alunos até mesmo do educador responsável.

O planejamento a princípio é oferecer a idéia aos alunos e dar-lhes folhas aos interessados. Antes, obviamente, deve-se pontuar que irá ser formado um conselho entre alunos e estes escolherão o melhor ou os melhores para passar para o papel. Devemos levar em consideração o assunto, o que se quer transmitir e a criatividade do grafite. Escolheremos o público alvo, que está entre alunos, professores ou pais. Escolhido este, escolheremos o melhor local para expor o trabalho e conforme as críticas vamos saber se conseguimos atingir nossos objetivos.

SOBRE A DANÇA , RIMA– IDÉIAS

Promover como na pichação a criatividade dos alunos.  Penso em promover, a principio, apenas o interesse na dança. Posteriormente podemos criar uma competição entre os alunos. Fazer uma espécie de roda, tocar uma música e dar um tempo para cada aluno se apresentar ou quem sabe criar rimas durante as danças (desde que estas sejam saudáveis). Pode-se deixar o aluno interessado a criar rimas e com outros apresentar em forma de música e por que não gravá-las em forma de clipe? Durante as danças podemos incentivá-los a formar grupos para competir entre eles e promover a criação de uma coreografia para apresentar.  Conforme o tempo passa, analisaremos o interesse dos alunos e a possibilidade de evoluir esses campos vai ser grande.

SOBRE O BASQUETE DE RUA – IDÉIAS

Iniciar de forma lúdica para os alunos novos já que estes, em sua maioria, têm grandes dificuldades em jogar e prender as regras ainda mais que os mesmos, também em sua maioria, nunca jogaram basquete.

Criar situações para o entendimento das regras, situações de jogo e continuar com as atividades conhecidas.

Com duas bolas e alguns cones podemos ter algumas aulas de basquete, não precisamos nem de cesta logicamente será mais interessante, mas com isso podemos tirar leite de pedra.


Algumas atividades.

1-    Aumentar a habilidade com a posse de bola.

Dificuldade de fácil a difícil

Organizar duas filas (um atrás do outro).

De frente nas duas filas dispor os cones.

Na primeira ida e volta. Em forma de zigue e zague.

Na ida o aluno deve quicar a bola alta na volta quicar a bola baixo

Na segunda ida e volta

Na ida quicar a bola com a mão direita e na metade do caminho quicar com a esquerda, na volta deve vir arrastando a bola no chão. 

Dividir em meninos e meninas torna-se o jogo mais interessante.

2-    Arremesso

Dificuldade fácil a difícil

Distribuir os cones em diferentes posições e distancias.

Do primeiro cone ao último. No primeiro cone organizar uma única fila. Conforme o aluno faz a cesta este passa para o próximo cone até o último. Para dificultar o aluno que errar volta um cone. É um jogo em que os alunos sentem-se motivados a vencer, pois trás um “status” de melhor jogador.

Pode-se dividir em duas equipes e em uma distancia igual para eles estes devem arremessar. Aquele que conseguir converter a cesta soma um ponto para a equipe o que errar passa para o fim da fila e assim continua. A equipe que chegar ao número determinado de pontos ganha. Dividir entre meninos e meninas torna o jogo mais disputado. Pode-se variar com uma bola mais leve para uma equipe e uma de basquete para outra  depois trocar.

3-    Habilidade de drible

Dificuldade difícil

Duas equipes uma em cada lado da quadra ou espaço. Cada aluno é responsável por um número. Chama-se um número e joga a bola para cima. O aluno que pegar a bola deve driblar o adversário e concluir em cesta ou não. O importante nessa atividade é o drible. Uma variação interessante é fazer uma pergunta de matemática para o aluno pensar antes, por exemplo, se tiver doze alunos em cada equipe. Podemos perguntar quero o número de que também significa meia dúzia ou uma dezena, uma conta de vezes ou dividir.

4-    Habilidade e raciocínio

Dificuldade fácil a médio

Se tiver um alfabeto de madeira ou parecido podemos ditar uma palavra o aluno deve escrever no chão e após isso fazer a cesta. É uma situação muito auspiciosa. Do ponto A ao B, podemos quicar a bola alta ou criar um obstáculo, o aluno passa por ele e escreve a palavra, esta tem que estar certa, depois arremessa pega a bola e volta, a equipe que conseguir completar primeiro vence.

5-    Situação de jogo

Dificuldade fácil a difícil

Assistência. Várias situações. Aluno A toca para B que devolve e este faz a cesta, uma espécie de tabela.

Defesa contra ataque. Aluno A toca bola para B que esta de costas para a cesta e está marcado. Este recebe e gira imediatamente em cima do marcador. Girando este arremessa.

Situações de drible. Aluno A marcado de costa dribla de alguma maneira o adversário e arremessa. Joga a bola para um lado e corre pro outro. Joga por cima do adversário ou dá a “caneta”.

6- Explicar a regra e depois praticar.

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