BASQUETE
DE RUA
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS/2010
JUSTIFICATIVA
Todo
esporte independente da modalidade, torna-se fundamental na formação do aluno
que o pratica com prazer. Partindo desse pseudo-silogismo, podemos considerar
promiscuo essa justificativa. Pois, mais importante do que justificar é
apresentar um método de se fazer prazeroso o esporte.
Justificativas
têm muitas, métodos infalíveis para torná-lo prazeroso temos poucos (e eu sei
muito bem disso). Sinceridades a parte, o Basquete de Rua é por si só um jogo no
qual os jogadores se divertem ao jogar, não é necessariamente um jogo sério.
Abrange muitas outras culturas que aparentemente englobam a realidade onde a
prática é em demasia executada. Contudo, é auspicioso que o aluno se insira em
sua realidade mesmo que aparentemente não proceda no cotidiano de cada aluno.
Porém todo conhecimento é bem vindo mesmo que não praticado por todos, por
conseqüência deve-se abranger um leque de opções para que esses alunos
pratiquem todas as formas da cultura na qual se engloba o Basquete de Rua.
OBJETIVO GERAL
Inserir
o aluno na cultura de rua, mostrando para ele que esta vertente da cultura é
uma fuga da realidade popular não só brasileira, mas mundial e por esse motivo
essa jamais deve ser considerada inútil ou depreciativa. Devemos respeitar toda
cultura, independentemente do lugar ou aspecto. A cultura de rua não está
ligada a poluição visual que vemos pichados nos muros, entretanto as mensagens
que dizem algo para quem a lê é algo significativo e nos passa a revolta das
classes sociais mais baixas (se é que podemos considerar isso algo útil). Assim
como na música com letras do cotidiano da baixa classe e a dança, o hip-hop que
tem características únicas.
OBJETIVOS ESPECIFICOS
Desenvolver nos alunos o respeito por
todas as culturas diferentes do nosso cotidiano
Buscar com os alunos novas atividades referentes à cultura de rua
Deste
modo, amplio o basquete para outras áreas desse campo e por conseqüência o
aluno que não estiver no momento a fim de praticar basquete de rua este poderá
escolher entre a dança e o grafite. De forma progressiva abranjo todo um leque
para ser explorado. Portanto, vejo nessa seqüencia aluno transmitindo saber
para outro aluno e todos preenchendo seu acervo cultural.
A
metodologia terá sua base formada em alguns princípios (que em outras edições
podem aumentar), os citarei.
1º - Todo aluno terá o
direito (caso este queira) de transmitir seus conhecimentos e todos os outros
prestarão atenção e conforme o possível e interesse dos alunos, estes poderão
seguir o colega e fazer igual.
2º - Nenhum aluno será
pressionado a fazer o que não quer
fazer, entretanto será convidado cordialmente a participar da atividade.
3º - Se possível,
criaremos nossa própria cultura de rua, sem fugir do tradicional, entretanto
criando uma forma nova de ver essa cultura e passar uma mensagem positiva para
os envolvidos.
SOBRE O GRAFITE – IDÉIAS
Podemos usufruir de datas,
pensamentos, opiniões, e revolta (desde que este passe um sentido positivo)
para grafitar. Instruir o aluno a refletir sobre seu cotidiano e antes de
grafitar no concreto que este faça um esboço do que quer fazer para ser
posteriormente aprovado pelos alunos e desta forma passar para o papel (neste
caso papel bobina). O material usado será o mais simples possível como guache e
giz o importante é produzir a consciência de que a criatividade e o fato de
dizer algo é o que está contando para a sociedade.
O aluno envolvido nesta
atividade possuirá o tempo necessário para realizar seu projeto. Quando pronto,
seu projeto será exposto nos corredores da escola. O responsável pelo projeto
poderá formar uma equipe para consolidar suas idéias e transferir para o papel
que “imitará” os muros da rua. O educador responsável irá instruir os alunos
conforme suas dúvidas. Os melhores alunos neste ramo serão convidados a serem
tutores de outros alunos até mesmo do educador responsável.
O planejamento a princípio
é oferecer a idéia aos alunos e dar-lhes folhas aos interessados. Antes,
obviamente, deve-se pontuar que irá ser formado um conselho entre alunos e
estes escolherão o melhor ou os melhores para passar para o papel. Devemos
levar em consideração o assunto, o que se quer transmitir e a criatividade do
grafite. Escolheremos o público alvo, que está entre alunos, professores ou
pais. Escolhido este, escolheremos o melhor local para expor o trabalho e
conforme as críticas vamos saber se conseguimos atingir nossos objetivos.
SOBRE A DANÇA , RIMA–
IDÉIAS
Promover como na pichação
a criatividade dos alunos. Penso em
promover, a principio, apenas o interesse na dança. Posteriormente podemos
criar uma competição entre os alunos. Fazer uma espécie de roda, tocar uma
música e dar um tempo para cada aluno se apresentar ou quem sabe criar rimas
durante as danças (desde que estas sejam saudáveis). Pode-se deixar o aluno
interessado a criar rimas e com outros apresentar em forma de música e por que
não gravá-las em forma de clipe? Durante as danças podemos incentivá-los a
formar grupos para competir entre eles e promover a criação de uma coreografia
para apresentar. Conforme o tempo passa,
analisaremos o interesse dos alunos e a possibilidade de evoluir esses campos
vai ser grande.
SOBRE O BASQUETE DE RUA –
IDÉIAS
Iniciar de forma lúdica
para os alunos novos já que estes, em sua maioria, têm grandes dificuldades em
jogar e prender as regras ainda mais que os mesmos, também em sua maioria,
nunca jogaram basquete.
Criar situações para o
entendimento das regras, situações de jogo e continuar com as atividades
conhecidas.
Com duas bolas e alguns
cones podemos ter algumas aulas de basquete, não precisamos nem de cesta
logicamente será mais interessante, mas com isso podemos tirar leite de pedra.
Algumas atividades.
1-
Aumentar
a habilidade com a posse de bola.
Dificuldade de fácil a
difícil
Organizar duas filas (um
atrás do outro).
De frente nas duas filas
dispor os cones.
Na primeira ida e volta.
Em forma de zigue e zague.
Na ida o aluno deve quicar
a bola alta na volta quicar a bola baixo
Na segunda ida e volta
Na ida quicar a bola com a
mão direita e na metade do caminho quicar com a esquerda, na volta deve vir
arrastando a bola no chão.
Dividir em meninos e
meninas torna-se o jogo mais interessante.
2-
Arremesso
Dificuldade fácil a
difícil
Distribuir os cones em
diferentes posições e distancias.
Do primeiro cone ao
último. No primeiro cone organizar uma única fila. Conforme o aluno faz a cesta
este passa para o próximo cone até o último. Para dificultar o aluno que errar
volta um cone. É um jogo em que os alunos sentem-se motivados a vencer, pois
trás um “status” de melhor jogador.
Pode-se dividir em duas
equipes e em uma distancia igual para eles estes devem arremessar. Aquele que
conseguir converter a cesta soma um ponto para a equipe o que errar passa para
o fim da fila e assim continua. A equipe que chegar ao número determinado de
pontos ganha. Dividir entre meninos e meninas torna o jogo mais disputado.
Pode-se variar com uma bola mais leve para uma equipe e uma de basquete para
outra depois trocar.
3-
Habilidade
de drible
Dificuldade difícil
Duas equipes uma em cada
lado da quadra ou espaço. Cada aluno é responsável por um número. Chama-se um
número e joga a bola para cima. O aluno que pegar a bola deve driblar o
adversário e concluir em cesta ou não. O importante nessa atividade é o drible.
Uma variação interessante é fazer uma pergunta de matemática para o aluno
pensar antes, por exemplo, se tiver doze alunos em cada equipe. Podemos
perguntar quero o número de que também significa meia dúzia ou uma dezena, uma
conta de vezes ou dividir.
4-
Habilidade
e raciocínio
Dificuldade fácil a médio
Se tiver um alfabeto de
madeira ou parecido podemos ditar uma palavra o aluno deve escrever no chão e
após isso fazer a cesta. É uma situação muito auspiciosa. Do ponto A ao B,
podemos quicar a bola alta ou criar um obstáculo, o aluno passa por ele e
escreve a palavra, esta tem que estar certa, depois arremessa pega a bola e
volta, a equipe que conseguir completar primeiro vence.
5-
Situação
de jogo
Dificuldade fácil a
difícil
Assistência. Várias
situações. Aluno A toca para B que devolve e este faz a cesta, uma espécie de
tabela.
Defesa contra ataque.
Aluno A toca bola para B que esta de costas para a cesta e está marcado. Este
recebe e gira imediatamente em cima do marcador. Girando este arremessa.
Situações de drible. Aluno
A marcado de costa dribla de alguma maneira o adversário e arremessa. Joga a
bola para um lado e corre pro outro. Joga por cima do adversário ou dá a
“caneta”.
6- Explicar a regra e
depois praticar.
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